Olá, aventureiros!
Hoje tem resenha de um livro bem interessante e diferente!
Jonas vai morrer, do autor Edson Athayde, foi publicado pela Chiado Editora.
Livro: Jonas vai morrer
Autor: Edson Athayde
Editora: Chiado
Páginas: 150
- Sobre a história
A história tem como protagonista Pedro, funcionário de um hospital psiquiátrico que encontra um caderno (um diário, podemos dizer assim) de um dos pacientes.
O dono do diário era o paciente 32. No livro, os pacientes eram identificados por números.
A história é narrada em terceira pessoa, sendo que os trechos do diário do paciente 32 que são revelados ao leitor estão, é claro, em primeira pessoa. A narrativa tem essa mistura: ora teremos o narrador conversando com o leitor, ora teremos trechos do caderno.
O autor tem uma linguagem bem poética em certos momentos e utiliza diversas citações conhecidas (no caderno do paciente 32). Isso acaba enriquecendo a obra em sua totalidade e prende cada vez mais o leitor. Não é uma linguagem tão simples – por ter, em diversos momentos, passagens reflexivas -, mas a narrativa é fantástica!
Jonas vai morrer se passa em Portugal
Pedro envolve-se completamente com a história contada no diário. Chega a se esconder em alguns lugares do hospital psiquiátrico só para ler e tentar descobrir os mistérios contados pelo paciente 32 sobre pessoas que Pedro nem ao menos conhece.
As confissões do caderno transformam o louco 32 no seu mais íntimo amigo de sempre. Uma constatação imprecisa, pois não tem, nem nunca teve, outro amigo. (p. 41)
O paciente 32 conta em seu caderno que seria Jonas, que dá título ao livro. Era um rapaz bonito, conquistador e galanteador. Jonas tornara-se seu amigo.
Aos poucos, vamos descobrindo a personalidade do paciente 32 e de Jonas e a ligação que eles tem.
Jonas sonhava em ser escritor, mas não obtinha sucesso com suas obras. Estava cercado de escritores (e alguns, desdenhavam dele).
Em Jonas vai morrer, temos um mistério: a morte de uma escritora que estava fazendo muito sucesso acontece. Sabemos quem foi o assassino e como aconteceu somente ao término da narrativa. Aos poucos, mais mistérios vão surgindo. Podemos dizer que é um livro policial (ou quase-policial, como sugere o autor). Aquela história de crimes cheios de mistérios.
Assassino é o executor de um. Matador é o carrasco de muitos. Deus é o algoz de todos. (p. 121)
Pedro, em meio à leitura, vai à procura do paciente 32. Não o encontra. Ele havia saído do hospital. Teria fugido? O que teria acontecido? Quem seria o paciente 32? Quem seria Jonas e por que ele iria morrer?
São muitas perguntas que temos e que serão respondidas ao final da história. Por isso não podemos perder nenhum detalhe! E é de surpreender qualquer leitor!
A história conseguiu me prender bastante!
- Sobre a edição
A edição da Chiado Editora está impecável! Temos fonte no tamanho ideal e confortável para ser lida.
Conseguimos identificar com tranquilidade os momentos em que temos a fala do narrador e que temos a escrita do caderno. Esta última está em itálico, o que difere da outra parte da obra.
Além disso, cada início de capítulo contém uma página preta com a primeira frase do capítulo, como podemos ver na foto abaixo.
Fica aí a minha indicação 😉
Kelly, fiquei com mais vontade ainda de ler o livro.
Quando eu era parceira da Chiado, solicitei esse ou um outro. Eles me mandaram o outro hahaha Mas fiquei tentada a ler esse também. Pena que por ser lá de Portugal, demorava muito para chegar, e acabei recebendo somente uns quatro livrinhos. Os livros deles são muito bons!!
Beijos!
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Dani, esse livro é muito bom! Esse jogo de linguagens que o autor faz enriqueceu muito a obra =D
Beijiiinhos
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Ótima resenha. Excelente livro.
Já o li e também já o resenhei em meu blog.
Foi uma das minhas melhores leituras deste ano.
Parabéns pelo blog, gostei do conteúdo, visual e escrita.
Beijos!
http://leootaciano.blogspot.com.br/
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Obrigada, Leo =)
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