Dicas

8 de março: luta e resistência

O dia 8 de março foi escolhido para comemorar o Dia Internacional da Mulher. Mas este dia marca a lembrança de muitas lutas e de constantes momentos de resistência (momentos diários).

Todo dia, ao ligarmos a tv ou entrarmos em sites de notícias, nos deparamos com notícias de que mulheres foram brutalmente mortas por seus companheiros pelo fato de serem MULHERES. É o machismo de cada dia, que tanto lutamos para derrubar. Toda vez que uma mulher é assassinada, todas as mulheres morrem aos poucos.

O feminismo surgiu não para declarar “guerra” ao sexo oposto. Ele surgiu para garantir que as mulheres tenham os mesmos direitos e as mesmas oportunidades que os homens. O movimento teve início com a Revolução Francesa. Porém, mulheres de séculos anteriores já se posicionavam em relação a isto, indo contra, por exemplo, a submissão dos homens e buscando seus direitos.

Para podermos debater e defender a causa (antes de sair repetindo conceitos errados que muitos compartilham por aí), temos a literatura a nosso favor.

Existe uma lista imensa de livros sobre mulheres, escritos por mulheres, que PRECISAM ser conhecidos! Nada melhor do que os livros para nos manterem bem informados.

Hoje trouxe algumas dicas de livros INCRÍVEIS de não-ficção que já li para compartilhar com vocês ❤

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  1. O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir

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Simone de Beauvoir foi escritora, filósofa, intelectual, ativista e professora. Integrante do movimento existencialista francês, Beauvoir foi considerada uma das maiores teóricas do feminismo moderno.
O Segundo Sexo foi publicado em 1949. É dividido em dois volumes: o volume 1, intitulado Fatos e Mitos, aborda justamente os fatos e os mitos envolvendo as mulheres no decorrer da História; o volume 2, intitulado A Experiência Vivida, analisa a condição da mulher em todas as suas dimensões: sexual, psicológica, social e política.

2. Reivindicação dos Direitos da Mulher, de Mary Wollstonecraft

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Conheci o Reivindicação dos Direitos da Mulher pela filha da autora, Mary Shelley, autora de Frankenstein (um dos meus livros favoritos).

Sinopse: Considerado um dos documentos fundadores do feminismo, o livro denuncia a exclusão das mulheres do acesso a direitos básicos no século XVIII, especialmente o acesso à educação formal. Escrito em um período histórico marcado pelas transformações que o capitalismo industrial traria para o mundo, o texto discute a condição da mulher na sociedade inglesa de então, respondendo a filósofos como John Gregory, James Fordyce e Jean-Jacques Rousseau.

3. Minha História das Mulheres, de Michelle Perrot

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Michelle Perrot é historiadora e faz um excelente trabalho de pesquisa. Utilizei esse livro no meu TCC do curso de Letras, inclusive, uma vez que trabalhei o lugar de fala da mulher na literatura.

Sinopse: Minha História das Mulheres nasceu de um programa de rádio francês que fez enorme sucesso ao divulgar com clareza e entusiasmo, para um público de não especialistas, o conteúdo de mais de 30 anos de pesquisas e reflexões acadêmicas. Transformado em livro, depois traduzido e publicado no Brasil pela Editora Contexto, narra em cinco capítulos o processo da crescente visibilidade das mulheres em seus combates e suas conquistas nos espaços público e privado. Mães e feiticeiras, trabalhadoras e artistas, prostitutas e professoras, feministas e donas-de-casa e muitas outras personagens femininas fazem parte desse relato sensível e atual de uma das pesquisadoras mais conceituadas da história das mulheres.

4. Um Teto Todo Seu, de Virginia Woolf

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Mais um livro que tive a alegria de conhecer e pesquisar mais a fundo para inserir no meu TCC, Um Teto Todo Seu é um livro de não-ficção da grande Virginia Woolf, resultado de palestras que ela deu em universidades para mulheres. Neste livro, a autora faz inúmeras reflexões sobre o papel da mulher na literatura.

Sinopse: Baseado em palestras proferidas por Virginia Woolf nas faculdades de Newham e Girton em 1928, o ensaio Um teto todo seu é uma reflexão acerca das condições sociais da mulher e a sua influência na produção literária feminina. A escritora pontua em que medida a posição que a mulher ocupa na sociedade acarreta dificuldades para a expressão livre de seu pensamento, para que essa expressão seja transformada em uma escrita sem sujeição e, finalmente, para que essa escrita seja recebida com consideração, em vez da indiferença comumente reservada à escrita feminina na época.

5. Quem tem medo do Feminismo Negro?, de Djamila Ribeiro

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Quem tem medo do Feminismo Negro? foi meu primeiro contato com a escritora brasileira Djamila Ribeiro. Um livro que provoca inúmeras reflexões e que dá vontade de presentear pra todo mundo.

Sinopse: O livro reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista Carta Capital , entre 2014 e 2017. No texto de abertura, a filósofa e militante recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que chama de “silenciamento”, processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação. Foi apenas no final da adolescência, ao trabalhar na Casa de Cultura da Mulher Negra, que Djamila entrou em contato com autoras que a fizeram ter orgulho de suas raízes e não mais querer se manter invisível. Desde então, o diálogo com autoras como Chimamanda Ngozi Adichie, bell hooks, Sueli Carneiro, Alice Walker, Toni Morrison e Conceição Evaristo é uma constante. Muitos textos reagem a situações do cotidiano — o aumento da intolerância às religiões de matriz africana; os ataques a celebridades como Maju ou Serena Williams – a partir das quais Djamila destrincha conceitos como empoderamento feminino ou interseccionalidade. Ela também aborda temas como os limites da mobilização nas redes sociais, as políticas de cotas raciais e as origens do feminismo negro nos Estados Unidos e no Brasil, além de discutir a obra de autoras de referência para o feminismo, como Simone de Beauvoir.”

6. Sejamos todos Feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie


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Mais um livro da série “indico pra todo mundo”, Sejamos Todos Feministas é um texto emocionante sobre o que é feminismo e como ele é importante na vida das mulheres.

Sinopse: O que significa ser feminista no século XXI? Por que o feminismo é essencial para libertar homens e mulheres? Eis as questões que estão no cerne de Sejamos todos feministas, ensaio da premiada autora de Americanah e Meio sol amarelo. “A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente. “Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente da primeira vez em que a chamaram de feminista. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. “Não era um elogio. Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: ‘Você apoia o terrorismo!'”. Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo e — em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são “anti-africanas”, que odeiam homens e maquiagem — começou a se intitular uma “feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens”. Neste ensaio agudo, sagaz e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para pensar o que ainda precisa ser feito de modo que as meninas não anulem mais sua personalidade para ser como esperam que sejam, e os meninos se sintam livres para crescer sem ter que se enquadrar nos estereótipos de masculinidade.

Espero que tenham gostado das dicas!
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Abraço e Feliz Dia da Mulher (que é todo dia)
Kelly Cominoti

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