Olá, aventureiros!
Já ouviu o termo cordelista? Você já leu algum cordel? Hoje nós vamos conversar sobre literatura de cordel e a importância que ela tem para nossa literatura.

- ORIGEM
O cordel teve início ainda na Idade Média, nos séculos XII e XIII, em Portugal. Eram criados pelos trovadores medievais, que contavam histórias de forma oral e cantada. Na Renascença, os métodos de impressão foram ganhando espaço e os cordéis puderam ser impressos e pendurados em cordas (daí o nome “cordel”).

- NO BRASIL
No Brasil, tornou-se popular nas regiões norte e nordeste. Chegou no país através dos colonizadores. Os cordéis dizem muito sobre os aspectos regionais e culturais da localidade. Chamamos de repentistas quem canta os cordéis escritos pelos cordelistas. Uma característica marcante é a rima e a métrica.
As ilustrações dos cordéis são chamadas de xilogravuras (técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre o papel ou outro suporte).
Tenho uma relação especial com a literatura de cordel. Meu avô, leitor ávido, havia lido o cordel O Romance do Pavão Misterioso, escrito em 1923, por José Camelo de Melo Rezende e gostado tanto que decidiu registrar minha mãe com o nome da protagonista desta história: Creuza.
É a moça mais bonita
Que há no tempo presente
É a moça que eu falo
Filha do tal potentado
O pai tem ela escondida
Em um quarto de sobrado
Chama-se Creuza e criou-se
Sem nunca ter passeado.
Falaremos sobre esse cordel em outro post.

- CORDELISTAS
Alguns escritores de cordel que você precisa conhecer: Patativa do Assaré, Firmino Teixeira do Amaral, Jarid Arraes, Bráulio Tavares, Apolônio Alves dos Santos, Bráulio Bessa, Izabel Nascimento.
![7 cordéis mais famosos para quem nunca leu cordel [LISTA]](https://laart.art.br/wp-content/uploads/2019/10/cordeisfamosos-capa.png)
POR
Kelly Cominoti